Émerson Carrascosi

Émerson no quarto que construiu especialmente para seu acervo do grupo

O araraquarense Émerson Carrascossi mantém um quarto em sua casa só para abrigar coleção de programas, filmes e cartazes do seu grupo de humoristas favorito

Sucesso na tevê durante a década de 80, o grupo de humoristas "Os Trapalhões", formado originalmente por Didi Mocó, Dedé, Mussum e Zacarias, ainda mantém admiradores, mesmo décadas após deixar a mídia de massa. Um deles é o araraquarense Émerson Carrascossi, professor de Educação Física de 37 anos, que mantém uma coleção de produtos do grupo, formada por gravações em VHS, DVDs e até um box especial com os melhores momentos do programa da tevê.

Fã desde os sete anos do grupo, Carrascossi conta que o que mais o encanta n’Os Trapalhões é o estilo do humor: leve, ingênuo, sem compromisso e totalmente infantil. "Quando criança, ficava fascinado com as [paródias de] histórias clássicas, como ‘As Mil e uma noites’, por exemplo", lembra.

Atualmente o resgate de sua adolescência é o que o impulsiona a rever os filmes e programas e, quando possível, adquirir algum novo material.

Toda esta paixão está sendo transferida a seu filho de quatro anos. "Meu menino normalmente pede para a minha esposa colocar filmes d’Os Trapalhões. Fico contente com isso, afinal é algo saudável, longe do que está sendo mostrado hoje na televisão", diz.

Acervo

A coleção não foi planejada. Carrascossi percebeu que estava se tornando um colecionador por volta de seus 22 anos. "Notei que meu gosto estava aumentando quando comecei a procurar filmes mais antigos [dos Trapalhões], que hoje estão até fora de catálogo", conta.

Até o advento do DVD, tudo o que ele tinha era gravado da televisão. "Via as fitas várias vezes e, quando ia locar o filme, me dava aquela vontade de ter em casa. Com o aparecimento do DVD, algumas obras foram remasterizadas, ganhando melhor áudio. Fiquei também muito feliz pela facilidade de encontrá-los em sites ou grandes lojas", conta.

Além dos materiais em vídeo, painéis com as capas dos filmes ampliadas decoram um quarto especial, que Carrascossi construiu especialmente para guardar seu acervo de maneira segura. "Levo a arte [do painel] a uma agência de publicidade para que possa ser feito o processo de ampliação. Lá é colocado um vidro e uma moldura.

Imediatamente a coloco em minhas paredes. Pretendo em breve ter de todos", planeja.

A ideia dos painéis surgiu quando ele ganhou de um primo um cartaz do filme "Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão". "Ele conseguiu o material diretamente no cinema. Fiquei encantado e o coloquei na parede", lembra.

Como colecionador, seu único arrependimento é não ter catalogado jornais e revistas da época. "Quando somos mais novos, não damos muita importância para algumas coisas. Agora, tempos depois, percebi o erro em não ter adquirido matérias publicadas naquele tempo. Algumas hoje seriam relíquias", lamenta.

Satisfeito com sua coleção, Carrascossi já desistiu de tentar adquirir filmes mais antigos d’Os Trapalhões. "Além de a maioria estar fora de catálogo, alguns são quase trabalhos solos do Renato Aragão. Esses materiais não me interessam", finaliza.